quarta-feira, agosto 25, 2010

Prazer, felicidade e doce de feijão

Moti - doce de arroz com feijão japonês
Acabo de comer meu sexto doce de arroz e feijão da tarde. Para quem se sente incomodada com 4kg a mais. a atitude é uma sabotagem do propósito de emagrecer. Mas não consegui controlar o desejo de saborear esses doces que adoro e que dificilmente encontro. Acabei de comprá-los num passeio à Liberdade, bairro paulista que não visitava há mais de 20 anos. O prazer momentâneo me custará caro já que terei que ser mais severa em outras ações rumo à meta do corpo mais magro.
Isso tudo acontece enquanto tento trabalhar num pré-projeto para realizar um grade sonho que é o de cursar um mestrado. Estou empacada. Adoro estudar, a ideia central do projeto faz meus olhos brilharem, mas estruturar tudo o que li e penso implica num trabalho árduo e no retorno a um academicismo do qual me afastei há muitos anos. Tenho que abrir mão do prazer de simplesmente pensar, de unir minhas ideias às de cientistas que considero apaixonantes em viagens imaginárias, para realizar. Colocar no papel significa, para mim, transformar ideias em ações, culminando em realizações o que, certamente, me trará bem-estar e felicidade. Mas trabalho, determinação e o enfrentamento das adversidades (quase todas impostas por mim mesma) são imprescindíveis.
Daí me deparo com o texto do meu amigo Luciano Pacheco, “Prazer ou Felicidade...”, e penso na frequência com que me afastava dos meus propósitos pela dificuldade em abrir mão do prazer que a vida pode me proporcionar. Hoje, consigo realizar muito mais, mas ainda travo batalhas com uma criança interna resistente que não se contenta em ter que administrar o prazer. Aos poucos, ela percebe que, assim, pode obter da vida algo muito maior: a REALIZAÇÃO de si mesmo, através das realizações em diferentes âmbitos de atuação. Amadurecer, em qualquer idade, exige abandono de padrões, reconhecimento de dificuldades, equilíbrio nas escolhas.
Cada um tem suas necessidades, mas com uma criança interna tão forte, tenho que reconhecer que jamais alcançarei a felicidade tornando-me uma workaholic. Preciso de passeios na Liberdade e de doces de feijão. Mas, certamente, não de uma bandeja! Prazer, como tudo na vida, precisa ser utilizado com equilíbrio, caso contrário, entre outras consequências, ficarei com uma baita dor de barriga.

3 comentários:

Christina Castilho disse...

Tô morrendo de medo do estoque de luftal q vc vai precisar pra aquietar essa criança interna depois de tanto feijão, viu?!

Profº Luciano Pacheco MSc. Coach disse...

Mônica
É isso mesmo. Não deixe os prazeres de lado, eles são importantes para a nossa autoestima diária. O segredo está na moderação. Quatro bolinhos de algo tão raro e desejado certamente lhe fizeram muito bem. Beijos e mantenha o foco no seu propósito maior. Isto é o que importará no longo prazo.

Mônica Alvarenga disse...

O problema é que não foram só quatro, mas tudo bem... pequenos e grandes prazeres fazem parte da vida. Beijos.

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