domingo, agosto 30, 2009

O outro lado do enfarte / Um presente!

Meu pai, ontem, teve um enfarte. Está internado em um hospital, com o quadro estável. Junto com o susto, deu-me uma grande lição de vida. Pegos de surpresa, eu e ele, pois levei-o ao hospital para medicar o que ele achava ser uma crise de labirintite, não o vi, em nenhum momento, externar descrença em sua vida, medo ou qualquer outro sentimento negativo. Eu, que há alguns dias vinha lutando contra uma melancolia insistente e exaurida pelo excesso de pequenos compromissos de que enchi minha vida, vi-me curada no momento em que soube do problema do meu pai.
Qual o sentido de problematizar a vida se nada sabemos sobre o que vamos viver no próximo instante? Por que me preocupar com a agenda da semana, se nada me garante que não haverá algum súbito motivo na segunda-feira para cancelar todas as marcações?
Pronto! Lembrei-me, com a enfarte do meu pai, da fugacidade da vida, da necessidade de se viver apenas um momento de cada vez e da infinita beleza de cada instante. Sem saber, meu pai presenteou-me com algo de muito valor, ontem, no hospital: devolveu-me a alegria de viver! Hoje ao fazer café, peguei-me pensando na mágica que é colocar água quente no pó marrom para produzir uma bebida de que gosto tanto. E que me motiva a sentar e conversar com familiares e amigos... Naquele instante, percebi: isso que é viver. Quero estar verdadeiramente presente em cada momento em que me é possível exercitar o existir, com todas as suas intercorrências.
Obrigada, pai! Que toda a FORÇA existente no Universo, esteja com você agora, fazendo chegar ao corpo e ao espírito poderosa energia de CURA e de ALEGRIA, contrariando qualquer outra vibração que possa emanar de uma UTI.

quinta-feira, agosto 27, 2009

Indignação e revolta

Esses são os sentimentos que me dominam quando leio sobre o momento político brasileiro nos jornais. A minha indignação ultrapassa a falta de limites da falta de ética dos senadores. Ela alcança a população brasileira. Não vejo nos espaços em que circulo, reais ou virtuais, uma movimentação consistente de defesa do nosso país. Agora mesmo, um novo projeto de lei eleitoral está para ser votado e não vejo menção nas redes sociais de que faço parte. Procuro no google e também não acho nada de muito expressivo. Sarney foi absolvido, continua na Presidência do Senado e nada acontece (a não ser o cartão vermelho do Suplicy). Quase ninguém grita e os poucos que gritam não são escutados. Essa é minha maior revolta. E o meu grito será mais um dos vários inaudíveis. A não ser que a ele se somem muitos outros...

quarta-feira, agosto 26, 2009

Tuitando pelo ciberespaço


Num grupo de discussão de profissionais de comunicação de que faço parte, o twitter tem sido assunto recorrente. Um dos último comentários refere-se a uma entrevista a José Saramago, feita pelo Diário Digital, em que o escritor afirma que o twitter "Nem sequer é para mim uma tentação de neófito. Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido."
Discordo. Para falar a verdade, o dinamismo que a comunicação alcançou hj me faz, entre outras coisas, levantar da cama (como agora) para escrever, ler e pesquisar. A possibilidade de interação e dé disseminação da informação com as novas mídias é fantástica e me assombra. A cada dia conheço novos cases de pessoas físicas ou jurídicas que, se comunicando de forma totalmente impensada há pouco tempo, alcançam uma audiência e, o melhor, um índice de resposta, antes totalmente inimagináveis. Outro fato que julgo imprtante: muitas vezes usam como recurso apenas seu capital intelectual. Mesmo considerando todos os percentuais de acesso à tecnologia, que ainda suscitam programas de inclusão digital, ouso dizer que a informação nunca se disseminou de forma tão democrática.
A dificuldade q se impõe, no entanto, é a capacidade de filtrar (como bem disse a Juliana). E isso vale tto para o receptor qto para o emissor da informação (que alternam seus papéis dianamica e continuamente). Não sou heavy user, mas acho q as possbilidades que essa nova ferramenta me abriu vão mto além do grunhido... Voltei até a escrever um blog, estimulada pela possibilidade de interagir com tantas pessoas e pelo sonho de provocar alguma reflexoes...
Vale a pena ler a última newsletter da Múltipla Comunicação sobre esse assunto.

sábado, agosto 22, 2009

Vida em qualquer idade

A entrevista com Serguei no programa do Jô me fez pensar. Com mais de 70 anos, Serguei – e não faço aqui nenhum juízo de valor – demonstrou vitalidade e disposição pra vida! E foi exatamente isso que me impressionou. Quando tinha 20 e poucos anos achava que aos 30 minha vida estaria acabada (ou quase). Aos 30 descobri havia muito mais a viver. Aprendi que enquanto se tem o desejo e a humildade de aprender, há juventude e paixão pela vida, que no fim das contas é o que faz o olho brilhar em qualquer idade.

Ver o Serguei falar com empolgação de seus projetos, visitando o passado, mas falando de presente e futuro, me fez acreditar – definitivamente - que paixão e emoção estão ao alcance da vida em qualquer tempo.

Hoje, li em O Globo, no caderno Ela, e vi uma foto da Vera Barreto Leite, também conhecida como Vera Valdez, ex-garota Chanel. Com 73 anos, Vera é o centro de uma exposição no Rio sobre a Maison Chanel. Ela também faz uma volta ao passado – a convite do curador da exposição – mas vive intensamente o presente e tem planos para o futuro. Está ensaiando febrilmente um peça teatral que será apresentada no Oficina. Na inauguração da exposição, vestirá Chanel e entrará acompanhada pelos dois bisnetos.

Viva a vida! Sempre!

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