sexta-feira, março 23, 2012

Mudamos, todos!

Tudo muda o tempo todo, mas eu gostaria que você tivesse permanecido igual. Está certo que estou sempre procurando aceitar e entender a impermanência, viver de acordo com o fluir da vida, mas, mesmo assim, ainda lamento a sua mudança. Não posso dizer que seja fácil abrir mão daquilo que um dia me fez tão feliz. Para mim, ainda não é! A gente, sem perceber, apega-se a fases da vida e sai lamentando os seus movimentos mais naturais: o crescimento do filho, a morte da flor, o amor que se modificou, a amizade distante, o objeto perdido... Ninguém reclama da cura de uma doença, do amor que chegou, da puberdade anunciada, dos novos amigos. Tudo isso é bem-vindo. Só esquecemos de que o bom só surge exatamente porque nada é permanente. Ele também se vai. E até o que não parece tão bom tem uma razão de ser.
A vida tem um movimento tão particular e peculiar que aceitá-lo talvez seja o maior exercício de uma existência para a maioria de nós. Você mudou e eu, com certeza, também mudei. Mas é preciso distanciar-me de mim para que eu possa perceber. Só de longe consigo ver que, no fluxo da vida, também fiz meus movimentos. Afastei-me e aproximei-me de pessoas, desejei e repeli tantas outras, ganhei rugas e dores que não tinha, mas aprendi coisas de que sequer suspeitava ser capaz de saber.
Acompanho as estações com o meu corpo, com os meus humores e os dias ganham, cada um, cores que nunca tiveram antes. Se ainda não aceito que você tenha mudado, é só uma questão de tempo. Isso também passará, quando eu perceber que nossas linhas da vida cruzaram-se caprichosamente por obra do destino ou do que quer que seja que está acima da minha compreensão humana, e que, juntas, traçaram outras linhas, outros desenhos, que se modificarão com novos encontros, com as linhas de outras vidas. Essa “tessitura” sim, é permanente. Carregamos pela eternidade.

segunda-feira, março 19, 2012

Minha intuição não me engana!

Estar no mar me faz feliz!
Acordei mesmo com a intuição de que algo maravilhoso e inesperado aconteceria. Uma alegria de viver junto com a certeza de que a vida me traria algo de melhor naquele dia. Só não sabia o que. Passei o dia atenta a todas as coisas boas que me aconteceram porque sabia que o tal “bem e bom” que previa podia estar em qualquer lugar! E estava! O resultado não podia ser melhor. Ao fim do dia, fiz um balanço pra ver se minha intuição me pregara uma peça.
Não me decepcionei: não ganhei na loteria, mas computei, com alegria, todos os pequenos grandes eventos de que normalmente nem me dou conta e que me fazem, de fato, feliz. Consegui arrumar horário para fazer exercícios, acabei um artigo que estava me consumindo, tive a resposta de um e-mail importante, encontrei amigos queridos que não via há muito tempo, vi a chuva cair e refrescar a Cidade, terminei um grupo de coaching que evoluiu muito durante o processo. Isso para citar alguns motivos para sorrir. Havia muito mais. E sempre há! O presente que recebia era a consciência de que há muito mais para celebrar e de que a atenção a esses eventos nos faz valorizar o que é realmente importante.
Essa mesma consciência tem trazido momentos de muita emoção e me ajudado a perceber que a felicidade está mesmo nas pequenas coisas. Pergunto-me sempre: o que faz você realmente feliz? As respostas que obtenho de mim mesma não tem a ver com o material. O carro novo, o vestido e o presente caro acabam perdendo, se o assunto for felicidade, para um momento com os filhos, a conversa gostosa com um amigo, a caminhada à beira-mar, uma noite iluminada, um por de sol e tantas outras coisas que tornam a minha vida sempre melhor.
Foi assim que percebi que, ao fim de um dia exaustivo, onde precisei fazer faxina e muitos outros serviços domésticos, com a prática de quem há muitos anos não pegava numa vassoura, estava muito feliz. E isso era tão concreto que consegui esquecer meu cansaço físico para caminhar no calçadão da praia. Foi uma resposta silenciosa a quem me perguntou, quando me viu com a vassoura na mão, se era assim que eu dizia que procurava a felicidade. Não a procuro, já a encontrei!
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