Ando me vasculhando, me revirando do avesso. Num movimento contínuo, cansativo, mas extremamente profícuo. Tenho dito que, na viagem da vida, nunca estive no ponto em que me acho hoje. É como se estivesse recuperando a mim mesma, reconhecendo-me como um ser humano único, pleno de potencialidades. Resgato minha autoconfiança, minhas conexões com um conhecimento que me transcende, a minha intuição, mas sinto-me, em alguns momentos, como um rato de laboratório onde o cientista sou eu mesma ou, talvez, o Universo.
É uma jornada interior onde me pego muitas vezes olhando pros meus sentimentos, todos eles, procurando causas e efeitos. Não tenho nenhuma pretensão de esgotar meus passos ou de chegar a algum lugar, busco sempre estar um ponto a frente de onde estive antes e isso me basta, ou deveria me bastar. Palavras, emoções, visões, olhares. Pouco me leva longe, ou melhor, perto, mais perto da essência de mim. O que pode parecer uma experiência de iluminação, no entanto, é uma trilha de percalços. É como se estivesse despida parte do tempo na multidão, exposta não por vontade, mas por necessidade de SER.
Meu maior desafio é esquivar-me de armadilhas que lanço pra mim mesma, que tornam esse passeio mais difícil, como o autojulgamento, o apego aos momentos, a inquietude da mente. Parte do tempo, sinto-me só, já que ninguém mais, além de mim, pode chegar a esse lugar que sou eu mesma. Outra parte do tempo, sinto-me feliz porque encontro companheiros que me amparam e me acolhem, ainda que em dimensões diferentes da que gostaria. Mas essa é outra armadilha, a do querer. Caçadores e guerreiros nem sempre podem sobrepor o querer momentâneo a propósitos maiores. E o meu, nesse momento, é o do autoconhecimento, do resgate de mim mesma com toda a força interior de que sou dotada.
Um comentário:
Mônica
Por tanto amor e por tanta emoção a vida te fez assim, do jeito que és hoje.
Você certamente irá se encontrar senão temer e não correr da luta. Esqueça o medo, abra o peito, e achará a força que tanto procura.
Ilumine sua vida e fuja das armadilhas da mata escura. Siga sonhando e vivendo também fora da mata e descobrirá o que lhe faz sentir assim.
Bjs do amigo virtual Luciano Pacheco.
Postar um comentário
Compartilhe o que você pensa sobre o que acabou de ler! Ficarei feliz em podermos "conversar" um pouco!