domingo, agosto 15, 2010

Caçador de mim

Ando me vasculhando, me revirando do avesso. Num movimento contínuo, cansativo, mas extremamente profícuo. Tenho dito que, na viagem da vida, nunca estive no ponto em que me acho hoje. É como se estivesse recuperando a mim mesma, reconhecendo-me como um ser humano único, pleno de potencialidades. Resgato minha autoconfiança, minhas conexões com um conhecimento que me transcende, a minha intuição, mas sinto-me, em alguns momentos, como um rato de laboratório onde o cientista sou eu mesma ou, talvez, o Universo.
É uma jornada interior onde me pego muitas vezes olhando pros meus sentimentos, todos eles, procurando causas e efeitos. Não tenho nenhuma pretensão de esgotar meus passos ou de chegar a algum lugar, busco sempre estar um ponto a frente de onde estive antes e isso me basta, ou deveria me bastar. Palavras, emoções, visões, olhares. Pouco me leva longe, ou melhor, perto, mais perto da essência de mim. O que pode parecer uma experiência de iluminação, no entanto, é uma trilha de percalços. É como se estivesse despida parte do tempo na multidão, exposta não por vontade, mas por necessidade de SER.
Meu maior desafio é esquivar-me de armadilhas que lanço pra mim mesma, que tornam esse passeio mais difícil, como o autojulgamento, o apego aos momentos, a inquietude da mente. Parte do tempo, sinto-me só, já que ninguém mais, além de mim, pode chegar a esse lugar que sou eu mesma. Outra parte do tempo, sinto-me feliz porque encontro companheiros que me amparam e me acolhem, ainda que em dimensões diferentes da que gostaria. Mas essa é outra armadilha, a do querer. Caçadores e guerreiros nem sempre podem sobrepor o querer momentâneo a propósitos maiores. E o meu, nesse momento, é o do autoconhecimento, do resgate de mim mesma com toda a força interior de que sou dotada.

Um comentário:

Profº Luciano Pacheco MSc. Coach disse...

Mônica
Por tanto amor e por tanta emoção a vida te fez assim, do jeito que és hoje.
Você certamente irá se encontrar senão temer e não correr da luta. Esqueça o medo, abra o peito, e achará a força que tanto procura.
Ilumine sua vida e fuja das armadilhas da mata escura. Siga sonhando e vivendo também fora da mata e descobrirá o que lhe faz sentir assim.
Bjs do amigo virtual Luciano Pacheco.

Postar um comentário

Compartilhe o que você pensa sobre o que acabou de ler! Ficarei feliz em podermos "conversar" um pouco!

Web Statistics