segunda-feira, julho 29, 2013

Você é bom em que?

Já parou pra pensar em quão longe você pode chegar? Eu já parei. Vi um caminho que me agradou demais, que me parece bem real, com ações bem sucedidas e de real valor, não só para o cliente-contratante, mas para o mundo em que estamos inseridos. Mas tive medo! Já aconteceu a você de ter medo de ser mais do que é? Temer as consequências de expor o que você tem de melhor e brilhar? Ou então recear colocar em prática uma ideia que, aos olhos dos que te cercam, pode parecer ousada demais?
Aconteceu comigo. Só eu sei o quanto me custou fazer minha primeira formação de coaching, no Instituto Holos. Eu sabia – daquele jeito que a mente não consegue compreender – que este seria um caminho sem volta e, mais, sabia que seria o MEU caminho. Mas tive muito medo. Tive medo de abrir mão dos diplomas, dos títulos, dos cargos, de enveredar por um caminho onde meu registro de jornalista no Ministério do Trabalho não fosse tão importante assim. Quem seria eu, nesse novo caminho?
O medo não era de todo injustificado. O primeiro curso foi uma descoberta feliz e transformadora. Havia, finalmente, encontrado o MEU caminho. Gosto de tudo o que sempre fiz, prezo minhas experiências profissionais, mas como coach acesso algo em mim que eu não conhecera nas atividades anteriores. Uns chamam de dom, outros de talento, mas pouco importa. O que eu sei é que descobri aquele algo mais que todos temos, mas que, às vezes, temos medo de tocar.
A cada sessão de coaching, a cada novo cliente, eu me descubro um pouco mais. O que emerge de cada conversa é o inesperado, mas é, sem dúvida, o que tanto eu quanto o meu cliente (ou o grupo, quando a sessão compreende mais pessoas) precisamos naquele momento. As sensações, de um lado e de outro, vão do bem-estar ao desconforto, mas, em todos os casos, são sinais que nos conduzem pela jornada que coach e coachee empreendemos juntos.
A cada agenda, sinto que fiz o melhor possível, e admitir que não posso entregar respostas, mas buscá-las junto com os coachees, é também meu exercício. O Coaching, como profissão, está ganhando espaço no mercado, tornando-se mais conhecido. No entanto, não sigo a onda. Faço hoje o que nasci pra fazer e aí reside o valor da minha escolha. Trago para minha prática profissional todas as minhas experiências e aprendizados de vida e acho que é exatamente isso que me torna única no que faço. Todos podemos ser únicos no que fazemos e atuarmos de forma brilhante no mundo, sem medo. Há uma razão singular para que eu enfrente meu medo de brilhar: só assim poderei ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo, a começar por meus filhos!
Para me inspirar, lembro do discurso de Mandela, em sua posse, em 1994:
"Nosso grande medo não é o de que sejamos incapazes. Nosso maior medo é que sejamos poderosos além da medida. É nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos amedronta.
Nos perguntamos: "Quem sou eu para ser brilhante, atraente, talentoso e incrível?" Na verdade, quem é você para não ser tudo isso?...Bancar o pequeno não ajuda o mundo. Não há nada de brilhante em encolher-se para que as outras pessoas não se sintam inseguras em torno de você.
E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo".
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