domingo, dezembro 09, 2012

Uma cota a mais de felicidade


Todo mundo quer ser feliz ou mais feliz. É um fato! Mas o surpreendente, pelo menos pra mim, é perceber que essa cota (a mais) de felicidade está sempre ao nosso alcance, apesar de, muitas vezes, parecer distante. Cada um tem seus motivos – conscientes ou inconscientes – para não usufruir de todas as coisas boas que lhe cabem, mas elas estão lá, esperando apenas que estendamos a mão para alcançá-las.
Hoje tive uma das muitas experiências que me fazem lembrar que nasci para ser feliz e que todas as vezes que caminho em direção contrária a isso, é por minha própria dificuldade de enxergar o óbvio e de viver simplesmente o momento presente. Claro que há muitas coisas que me fariam muito feliz, e que dependem de outras pessoas ou circunstâncias que ainda não se fizeram presentes. São meus desejos e sonhos. Mas há muito mais em cada momento da minha vida. E esse preâmbulo todo é só pra contar que hoje liguei a sauna da minha casa. Nada demais, não fosse ela estar sem uso há anos e o local servir de depósito para umas tranqueiras que não servem pra nada.
Eu adoro sauna, então hoje pensei: “o que me impede de ligar esse aparelho e curtir?”
Saí para caminhar na praia, aproveitando a trégua da chuva e o início de noite claro do horário de verão, e voltei pra ver se o aparelho ainda funcionava. Já tinha retirado as tranqueiras, então deixei aquecer um pouco e fiquei aproveitando aquele calorzinho alternado com o banho gelado. Fiquei tão feliz e me perguntei porque ainda não tinha tomado posse daquele pedacinho maravilhoso da casa. Sim, porque o espaço que habitamos, também precisa que o desejem, que o ocupem com a disponibilidade de usufruir do que ele tem para oferecer. Cuidar, usar, aproveitar e manter fazem parte dessa “relação” com tudo o que nos cerca.
Não me permitia aproveitar a sauna, não cuidava dela e também não usufruía do bem-estar que ela poderia me proporcionar. Falta de tempo pra cuidar, falta de tempo para usar, preguiça de ir pro quintal sozinha: o rol de desculpas é longo e custei muito a me dar conta dele. Perceber mais essa pequena autossabotagem, me faz arregalar os olhos para atentar para outras que às vezes causam essa impressão terrível de que a felicidade mora ao lado. A preguiça de caminhar na praia, sempre tão disponível pra mim; o filme que deixo pra “ver depois” até sair de cartaz; o almoço com os amigos que vai sendo adiado até que o tempo apareça; a exposição que “deixo pra lá” porque acontece longe de casa, e aqui já vou formando mentalmente uma lista de “pequenas desistências”. Hoje, vou desfazendo essa lista a medida em que se forma, porque desejo usufruir de cada uma das possibilidades que o presente me oferece. A felicidade só pode acontecer AGORA!
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