A menina era responsável pelos animais pequenos da propriedade, cuidada pelo pai. Eram três cachorros de raça indefinida, alguns coelhos e galinhas, que ficavam em seus respectivos viveiros. Houve tempo em que o objeto da atenção era um dos cães. Recém-recolhido da rua, o vira-lata conquistou o coração da garota e a acompanhava por onde andava. Mas, como outras relações, essa também foi ficando puída pelo tempo. Gostavam-se, é certo, mas haviam encontrado outros interesses. O vira-lata brincava com as galinhas quase o dia inteiro. As aves pareciam divertir-se com as corridas do cachorro e revidavam com algazarra e pequenas corridas. Enquanto a menina, passava seu tempo com a nova ninhada de coelhos.
Mas o que acontecia desde o último verão atraía a curiosidade dos vizinhos. Era a amizade entre a menina e o pato. O pato era um dentre vários a quem ela alimentava diariamente. Como tudo começou, nem ela mesma saberia dizer. Talvez numa das manhãs em que cumpria suas tarefas diárias. Trocando água, vistoriando e alimentando os bichos. O fato é que o pato aproximou-se e ela deu-lhe um quinhão a mais de ração. Ele gostou e foi ficando por perto, deixando de lado os seus. Daí em diante, o pato não a deixou mais. E ela passou a dedicar-lhe uma atenção especial.
Continua no domingo (amanhã)
* Amigos, volta e meia me aventuro com historinhas, mas fico muito tímida quando penso em mostrá-las. Tomei coragem e, a partir de hoje, publicarei uma delas no fim de semana. Esta já entrou e saiu da tela do meu notebook umas muitas vezes e, por isso, será a primeira da série! Conto com os comentários sinceros.
3 comentários:
Sou suspeita pra falar,mas se permitir,vou usar esses contos com meus alunos,posso!?
Um jeito singelo de passar valores...
Muito bom!
Legal, amanhã eu volto!!!
Gostei! O texto fluiu e acabou rápido, fiquei com vontade de ler o restante!
beijo!
Quero mais...
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