domingo, setembro 12, 2010

Mulheres inteligentes estão fadadas à solidão?

O mito do romance é capaz de garantir a
felicidade a homens e mulheres?
Acabei de ler a coluna da Marta Medeiros em O Globo de hoje. Menciona uma Pesquisa de Harvard que revela que mulheres com mais estudo evoluem na carreira, mas têm dificuldade de conseguir um companheiro. A colunista faz vários comentários sobre o retrocesso que isso significa. Inevitavelmente, lembrei do texto de ontem sobre a peça que vi na sexta e que recebeu tantos aplausos e elogios das presentes. A maioria abanava a cabeça afirmativamente a cada quadro que caricaturizava a mulher em busca de um homem. A pesquisa é de Harvard, então deve estar certa. Daí pensei na minha vida e na de tantas outras mulheres que conheço. Muitas histórias que, por mais modernas que sejam, não deixam de comprovar a tal pesquisa.
Falo por mim. Cursei uma excelente faculdade de Jornalismo, que, na época em que fiz vestibular, tinha uma proporção maior candidato/vagas que qualquer outro curso. Passei para o primeiro semestre e no meio do curso casei. Era um sonho! Sempre quis ter uma família. Para falar a verdade, em meu primeiro teste vocacional, desenhei, em uma dinâmica de grupo, uma família inteirinha na frente de uma igreja. Realizei essa etapa com louvor, mas, profissionalmente, “dei pro gasto”, como dizia uma tia ao falar de coisas “mais ou menos”.
Ano passado, voltei a estudar, a buscar novidades na minha área de interesse e novos interesses. A linda família que formei teve que se adaptar e está ganhando novos contornos. Mas, de certa forma, ao contrário de outras tantas amigas, executivas de sucesso que viajam o mundo liderando equipes, eu conquistei algo que me era muito caro: uma vida em família com, hoje, três adolescentes chatos e divertidos (esses dois adjetivos combinam?). Agora, sinto-me mais livre para experimentar e ousar profissionalmente e nunca é tarde para isso. Mas, realmente, os dois sonhos, no meu caso, e no de minhas amigas não conseguiram se compatibilizar.
Sempre digo que as mulheres ainda têm um longo caminho a seguir, mas acho que os homens também. Vejo alguns – raros ainda – que cansaram do tradicional papel de provedor. Nem todos encontram essa compreensão por parte de suas companheiras que ainda desejam ser cuidadas. Há também aqueles que não sabem exatamente como agir para se desincumbir dessa missão que lhes é tão pesada e, para alguns, até injusta. O que buscamos, todos já sabemos: independente de gênero, queremos ser amados e felizes. Temos aí um aprendizado a compartilhar e nada mais gostoso do que aprender juntos.
Pensando bem, eu, uma colecionadora de histórias de mulheres, abrirei novo espaço: começo hoje a colecionar, também, histórias de homens. Bom domingo!
* Se alguém tiver referência da pesquisa de Harvard, por favor, compartilhe.
* Mais sobre o mesmo assunto:
- Meninas ou mulheres: de que lado você está?
- Retomando o controle
- O valor das relações
- Ele simplesmente não está a fim de você
- Super-mulheres existem?

3 comentários:

Li Balbinno disse...

Este para mim, é post mais bacana de seu Blog! Nossas experiências são muito parecidas e cheguei a me emocionar ao voltar no tempo e lembrar de nós, ainda meninas...
Fiz o mesmo que você. Família, casamento, cuidados do lar.
Agora, com filho adulto e separada me vejo abrindo as portas do novo que me esperou desde muito. Ainda bem, né?
Se sinto medo? PAVOR, mas são amigas como você, fé em Deus e em mim que me empurram, sopram as velas do meu barco chamado vida.
Beijos!

Profº Luciano Pacheco MSc. Coach disse...

Minha amiga
Todos queremos ser cuidados. Homens e mulheres querem a mesma coisa. Carinho, atenção e amor.
bjs

Anônimo disse...

Gostei muito de seu texto. Vou ficar cliente...

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