sábado, setembro 18, 2010

Que diferença da mulher o homem tem?

A música de Durval Vieira é antiga e anuncia: “Se for reparar direito, tem pouquinha diferença...”. Lendo os últimos posts, um amigo sugeriu que investigasse mais o universo masculino. Não entendi muito bem o que ele quis dizer com isso, mas, com certeza, tenho muito o que aprender sobre essa parte da vida. Não deve haver outra razão para que uma mulher seja mãe de três homens, senão a de entender melhor sua natureza. Confesso minha ignorância sem pudor, mas, de cara, rejeito os rótulos. A batalha dos sexos chegou ao fim e ambos os lados estão esgotados, sem saber o que fazer, como agir e para onde ir. Não há luta maior do que a que travamos internamente e reduzir nossos conflitos a diferenças de gênero não dá conta da complexidade sócio-cultural em que vivemos.
Cada vez mais, conversando e atentando para o sexo oposto, percebo mais semelhanças do que diferenças. A maior delas? O desejo de descobrir o outro. Dizem que os desafios estimulam, e não há desafio maior do que transpor as dificuldades, culturalmente (e cuidadosamente) construídas ao longos dos últimos milênios, que separam homens e mulheres. Claro que, para algumas pessoas, desafios são intransponíveis, difíceis demais, e, como em qualquer área da vida, há quem desista. Basta olhar ao redor para identificar aqueles que desistiram de transpor barreiras para se acomodar à organização vigente.
Mas, continuo seguindo o conselho do meu amigo, e percebo que homens estão tão em busca de “algo” quanto mulheres. Buscam felicidade, aventura, amor, cuidado, prazer, companheirismo, conversas, compartilhamento de objetivos e propósitos. Não necessariamente nessa ordem, nem com igual intensidade, mas, para mim, grande parte dos homens cansou de prover e de sentir-se só nessa tarefa. Tão só quanto a mulher que cansou de ser a maior (mesmo não sendo a única) responsável pelas roupas, comida, compras do mercado, escola e médico de filhos. Não é mais o sucesso no trabalho que conta, mas o equilíbrio fora dele. O tempo de amar, de transar, de conversar, de manter os amigos.
Há um grupo de pessoas cujo propósito maior é o trabalho – os tais workaholics – ele não se divide em sexo masculino ou feminino, mas em áreas de interesse, crenças e valores. No lado oposto, há outro grupo, que se arrisca pela vida, priorizando experiências pessoais e buscando a emoção em tudo o que fazem, e este também não é exclusividade de um gênero só. E há tantos outros grupos em que mulheres e homens transitam com igual fluência, que “se for reparar direito, tem pouquinha diferença”.

Um comentário:

Profº Luciano Pacheco MSc. Coach disse...

MInha amiga
Adorei que você tenha aceitado o desafio. O mundo realmente caminha para a igualdade entre os sexos. Até lá, as mulheres conquistarão muitas batalhas e os homens outras. O que me preocupa nestas jornadas é que ambos perderão.

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