quinta-feira, setembro 16, 2010

Descobrindo Maturana com o coração

Racionalmente não podemos deter um conhecimento a cerca do que não lemos e estudamos horas a fio, certo? Pois é, tenho descoberto que essa afirmação não é exatamente verdadeira. A primeira vez em que ouvi falar de Humberto Maturana foi no ano passado, em um curso na UFRJ, no JPPS. Foi um deslumbre: chorava ao ouvir sobre as ideias do homem. Pouco tempo depois fiz amizade com uma pessoa que frequenta o curso de Biologia Cultural, que acontece no Brasil. Aí ouvi falar mais de Maturana e o sentimento era sempre o mesmo: encantamento e emoção.
Quando perguntei a esse amigo por onde começar a estudar essa "disciplina", ele me indicou livros de outros autores que, além de ampliar o meu conhecimento a cerca de pensamentos correlatos, me permitiram ver como Maturana é percebido e, em todos os casos, deparei-me com a mesma emoção. Claro que fiz o possível para fazer o curso de Biologia Cultural, uma oportunidade única, mas achei absurdo a instituição não abrir mão de me cobrar o ano não cursado. Parecia uma espécie de “luva” pelo certificado, que é o que menos me interessa. E até que fui bem insistente!
Confesso que até hoje não li Maturana. O primeiro livro que comprei ainda não chegou, mas o meu sentimento continua o mesmo. Já vi palestras pela internet, participei uma dinâmica em uma das semanas presenciais do curso, em São Paulo, a convite do meu amigo, li alguns artigos e hoje decidi: eu conheço Maturana. A minha emoção acontece porque tudo o que leio e ouço vai ao encontro dos meus registros internos, que não sei de onde e de quando vêm. E conhecer com o coração é a melhor forma de saber que tem. Não posso falar do pensamento desse cientista com conhecimento técnico, mas falo da Biologia do Amor do melhor jeito que posso: com a alma, com o que chamo de coração, mas que, certamente, pouco tem a ver com esse órgão pulsante que bate no meu peito.
As propostas desse senhor, que trabalha com paixão aos 82 anos (acho que é isso), continuam a me emocionar. Chamo esse eco de reverberação de amor e acho que é essa força que tem me propiciado conexões muito amorosas, possibilitando-me uma nova visão do mundo a começar por mim mesma. Acho que eventualmente estudarei Maturana e sua obra, mas, agora, o sentimento me parece ser o mais relevante.

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