domingo, janeiro 02, 2011

Um espetáculo de Reveillon

Sonhos, desejos, vontades... Não sei o nome certo dessas aspirações que regem nossas vidas. Mas o fato é que eu, mesmo sendo carioca, nunca tinha visto os fogos de Copacabana. Não interessa que meus pais não tivessem o hábito de ir à Zona Sul para o reveillon ou que, depois de casada, tenha me acomodado com as crianças pequenas ou sei lá mais quantos motivos poderia listar para não ter realizado esse sonho mais cedo. O que me importa é que, este ano, eu fui à Copacabana e assisti ao show de fogos com meu filho mais velho, na areia da praia, em frente à rua Santa Clara.
Levei pra areia o melhor champagne que pudemos achar e juntos nos emocionamos com o show pirotécnico. Mas o show, a queima de fogos deslumbrante, era só uma parte do espetáculo. O melhor era a mistura de todos os ingredientes: shows espalhados pela areia, os acessórios que cada um escolhia pra comemorar a data e a animação de pessoas de todos os tipos, idades, bairros, estados e países que depositavam naquele momento as melhores expectativas para o ano novo. Naquele momento, a minha champagne francesa igualava-se a Sidra da moça ao meu lado. A festa, como outras tantas populares que se espalham por nosso País, irmana a todos os seus participantes.
 A vibração era tão grande que eu nem me dei conta de que os fogos queimaram por 16 minutos, como vi na televisão depois. Abraçada ao filho, fiquei em êxtase e tão imersa naquele momento que só me dava conta da emoção que brotava em cada luz que iluminava o céu, dos gritos de admiração do povo, da energia que emanava das pessoas que estavam na areia. Tudo foi perfeito! Depois do show, mãe e filho deslumbrados, perguntei-me porque demorei tanto tempo para participar dessa festa, gratuita, acessível e espetacular. Não encontrei resposta convincente, só desculpas...
Podia ter bebido um pouco menos, é verdade, mas esse é só um detalhe para quem está aprendendo a realizar sonhos. Todos nós temos muitos deles, mas a vida passa e realizamos muito pouco daquilo que desejamos pra nós. Há sempre muitos motivos: falta de dinheiro, companhia e oportunidade, a educação recebida dos pais, muita ou pouca idade e mais uma lista de desculpas. No entanto, a razão mais forte para a maioria (senão todas) as frustrações está em nós mesmos. Sem nossa própria permissão, não conseguimos realizar nada. É claro que, depois de nos permitirmos, temos que agir para conseguir o que queremos, porque do céu só caem os fogos mesmo!
Então, para começar bem o ano, desejo a todos coragem, determinação e muita alegria, porque sonhos realizados devem ser ser muito celebrados pela vida!

2 comentários:

Fábio Betti disse...

Minha inveja só não foi maior porque ler o seu texto me ajudou a ter um gostinho da emoção de estar lá. Um 2011 repleto de emoções como essa!

Mônica Alvarenga disse...

Obrigada! Sei q o desejo é muito sincero. Considere, um dia, a experiência de Copa. Vale a pena! Abs.

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