quinta-feira, janeiro 14, 2010

O giro da vida

Tenho o hábito de dizer que a vida é cíclica, redonda como uma lata de cerveja. Vivemos muitas situações para nosso próprio aprendizado, mas como nem sempre aprendemos, passamos pelo mesmo fato, com pequenas variações, repetidamente, até aprendermos a nossa lição. O que me pergunto hoje é porque demoramos tanto a aprender?

Não vivemos sozinhos e é através das conexões ou relações que estabelecemos que vamos aprendendo as nossas lições. Acredito mesmo que só assim temos a chance de nos conhecer verdadeiramente. E uma das coisas de que mais gosto é essa possibilidade de olhar o mundo com os olhos do outro, percebendo novas perspectivas com lentes que invariavelmente acabam virando-se para nós mesmos.
Vou mais longe, dizendo que essas conexões não se estabelecem somente com os nossos semelhantes, mas com todos os seres que compartilham conosco o habitar terreno. Já experimentei essa interação tantas vezes, mas ainda me assombro de pensar que tudo isso era natural para os nossos ancestrais. Sim, porque todos nós, sem exceção, temos, em nossa linhagem, povos primitivos, que experimentavam a vida naturalmente, integrando-se e conectando-se ao sol, à terra aos sinais da natureza, aos animais e entre si.
Mas, com tudo isso, ainda erramos. E erramos feio. Acabei de me dar conta que estou repetindo erros conhecidos. Reconheço, mais uma vez, que, enquanto não aprender a lição, a vida me apresentará as mesmas situações, um prova de recuperação, como nas escola. Se repetir as escolhas erradas, ganho o inevitável sofrimento, que também é mais uma chance de aprendizado. É, a vida dá muitas oportunidades mesmo. Quem sabe eu não consigo, ainda dessa vez, corrigir o rumo para não ter que fazer nova prova. Talvez a conexão comigo e com o outro me possibilite esse fazer diferente. Talvez o meu coração, a partir dessa percepção, responda diferente. E aí estarei preparada para novas lições.
Já ia esquecendo: acabei de ver Avatar. Conectou-se? Será que deveria ter chamado esse post de Efeito Avatar? E tem mais...

Um comentário:

Fábio Betti disse...

Ainda bem que a vida nos dá sempre uma nova chance para aprender. E por que custamos a aprender se temos em nossa memória ancestral a experiência vivida do que não conseguimos aprender? Eis aí uma boa pergunta, que acho que só pode ser respondida individualmente...

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