domingo, janeiro 30, 2011

Tem alguém aí?

“Toc, toc. Tem alguém aí?” É isso que muitas vezes queremos saber quando ligamos ou mandamos mensagens e emails pros amigos. Perguntamos se estão bem, com o desejo de que nos peguntem o mesmo. Queremos ter certeza de que estão lá, prontos para nos socorrer em caso de necessidade. O socorro pode mostrar-se desnecessário, mas quando sabemos que ele está lá, nos sentimos mais seguros para seguir em frente, arriscar e simplesmente viver.
Dizem que pessoas felizes, fortes e bem resolvidas dão conta de suas questões. Discordo. E ponto. Por mais feliz, forte e bem resolvida que eu seja, tenho dúvidas, medos, emoções desconhecidas. Na hora em que isso tudo aparece, quero me sentir acolhida. Acho justo. Sou humana e uma das características dos seres humanos é imprescindir da vida em grupo. Mesmo me sabendo amada, há momentos em que preciso de confirmação.
Minha mãe conta que eu e meu irmão, quando menores, costumávamos gritar “mãeeeeeee” quando estávamos brincando em algum lugar da casa. Ela ia até onde estávamos e perguntava “o que foi?” para ouvir “não é nada não. Queríamos saber onde você estava.” É engraçado, porque o tempo passou e eu ainda me pego gritando por alguém. Andei me cobrando isso, como se pudesse chegar ao ponto de ser auto-suficiente. Bem, não posso e não quero!
As minhas fragilidades existem e reconhecê-las me ajuda no processo de aceitação de mim mesma. Aceitar quem sou, para mim, significa abrir espaço para que novos medos, dúvidas e emoções surjam em meu caminho. E eu continuo precisando do outro! De mãos dadas, certamente, alcançamos mais longe.

2 comentários:

Silvio disse...

Estou por aqui, conte comigo.

Mônica Alvarenga disse...

Obrigada pela generosidade, amigo querido! Conto, mesmo.

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