domingo, outubro 11, 2009

A beleza e a dor de crescer!


“Você é uma criança!” Escutei a frase na semana passada, do meu professor de canto, dono de uma sensibilidade e afeto enormes. Não era uma crítica, mas eu me apressei em responder: “Já sou uma mulher!” Ele retrucou dizendo que essa era a prova de que era uma criança, os adultos não precisam dizer que o são. Brincamos um pouco com a questão, mas a frase ficou na minha cabeça. Porque, de fato, tenho resistido a crescer em algumas coisas, mas PRECISO.
A infância que trago dentro de mim não é de todo ruim. Gosta de andar descalço, ri das coisas muito simples da vida e se emociona com um olhar carinhoso. E tudo isso é bom! Mas essa mesma criança faz birra quando é contrariada, por muito pouco se sente rejeitada e detesta limites. A lista de ambos os lados é enorme, mas se a vida consiste em aproveitar ao máximo as experiências que nos são proporcionadas, vou aproveitar o feriado para me esbaldar com o meu lado criança. Vou fazer brigadeiro, esquecer a dieta, comer pipoca com os meninos, andar descalço, brincar com a vida, fazer castelo de areia.
Depois, na terça-feira, retomarei meus esforços para encontrar o equilíbrio, fazendo com que esses meus dois lados coexistam pacificamente. Agora penso na minha infância, quando, tão séria, achava que tinha que salvar o mundo, tomando para mim uma responsabilidade muito maior do que aquela que deveria protagonizar. E todos achavam bonitinho, uma menina tão precoce! Talvez, por isso, hoje a adulta séria tenha que fazer birra e bater pé! Lei das compensações...
Mas não há de ser nada. Ainda há tempo para crescer, muito o que aprender e tenho só 42 anos.

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