domingo, março 14, 2010

Alguma coisa está fora da ordem: uma experiência de rede

Confesso que fiquei atordoada! Novas informações, novos meios, novas conexões, novas emoções: tudo ao mesmo tempo e misturado. Participar da Conferência Internacional de Redes Sociais, que integrou a Conferência Internacional das Cidades Inovadoras, em Curitiba, foi uma exposição à novidade. Em muitos sentidos. Entrar no espírito do evento significava estar antenado. Não bastava estar conectado no sistema wi-fi, disponível em toda a estrutura do evento, tinha que interagir. E a interação era feita de muitas e diferentes formas.
Nos auditórios, os palestrantes dividiam o palco com telões onde os tweets com a hashtag da conferência (#2010CICI) eram exibidos em tempo real. Participantes conectados trocavam dicas, comentavam a programação, faziam apresentações e postavam pontos fortes (e fracos) das palestras. Quem acompanhou pelo twitter, pôde ver um pouco do que estava acontecendo por lá. Muitos conectados transmitiam as palestras em tempo real para quem não pôde estar presente. Falava-se de redes e experimentava-se, não sem muitos tropeços, um pouco da vida em rede.
Mas o que é rede? Muitos ainda pensam que estamos falando de Twitter, Orkut e Facebook, redes de relacionamento que fazem tanto sucesso no Brasil. Mas isso não é nada perto do amplo significado das redes sociais. De uma forma bem simplista, posso dizer que a articulação da sociedade em redes é uma forma de conexão descentralizada onde cada uma das pessoas exerce seu papel com igual peso na sociedade. Como no diagrama que ilustra esse post, copiado de uma das palestras de Augusto de Franco. Num futuro que ninguém sabe precisar, essa rede trará um novo siginificado para a construção do conhecimento colaborativo e promoverá crescente compartilhar de informações, melhor divisão de bens, o multiplicar de inovações, entre tantas outras mudanças.
Há muito de sonho nessas afirmações, mas, eu, junto a tantos outros sonhadores, sinto cada vez mais que esse é o caminho. Não há como evitar os desafios que a descentralização traz. Deixar de lado o poder que detemos ao segregar, excluir, hierarquizar e armazenar bens de toda sorte (inclusive os intelectuais) requer um novo olhar para vida. Exige coragem e, acima de tudo, muito amor, o que possibilitará uma experiência de relacionamento com as pessoas com quem nos “enredamos” mais humana e verdadeira. Há previsão de muitos conflitos, afinal estamos falando de uma nova ordem social, mas, há também o prognóstico de uma planeta mais humano, onde o “habitar” continue possível.

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