quinta-feira, setembro 03, 2009

Quando vamos, de fato, dizer: BASTA!?

Acho que todos nós estamos interligados, nessa imensa teia que é a vida! Não somos vidas isoladas e cada ação, de um sorriso a um "vai tomar no cu" no trânsito, tem o seu efeito. Eu sou parte tanto do morador do morro do Alemão, quanto daquele da Vieira Souto. Portanto, penso duas vezes antes de acusar o governo pela violência com que convivemos. Estou certa de que todos podemos fazer a nossa parte, ainda que isso implique apenas em não jogar nenhuma guimba de cigarro no chão.
Transcrevo o depoimento do amigo jornalista, Roberto Ferreira:
“Ainda estou sob o impacto do que assisti hoje. Às duas da tarde, na Praça Cardeal Arcoverde, em Copacabana, bem em frente à estação do Metrô, vi uma mulher ter a garganta cortada por um ladrão armado de faca numa tentativa de roubo de celular.
Por sorte, o ferimento foi superficial, embora ela tivesse sangrado muito. Meia dúzia de seguranças do Metrô conseguiram, com muito custo, deter o assaltante.
A mulher falava ao celular, distraidamente sentada num banco da praça, quando foi surpreendida pelo ladrão. Foi uma cena sangrenta que você acha que só vai ver em filmes. Mas foi real.
Há muito tempo eu não atendo ligações no meio da rua. Se estiver perto de uma loja, eu entro e retorno a ligação. Ou espero que a pessoa deixe recado na caixa postal ou me ligue novamente. Se for importante e urgente, ela ligará de novo.
Façam o mesmo. É uma precaução mínima que pode salvar sua vida. Se aquele infeliz tivesse atingido a carótida da vítima, dificilmente ela teria sobrevivido.”

2 comentários:

Ariadne Jacques disse...

Lendo seu post de hoje, lembrei-me do resultado da pesquisa publicado ontem, pela revista Forbes americana, que dizia que o "Rio de Janeiro é a cidade mais feliz do mundo", com o agravante de que essa afirmação cínica, insensível e irresponsável, teria sido extraída de declaração dos próprios cariocas. Pois é! Fomos reduzidos à condição de Hienas! Triste, muito triste, pois enquanto nossa percepção for a de que somos os mais felizes do mundo, não precisaremos fazer nada efetivamente para mudar o estado de horror no qual existimos, nada mesmo! Aliás, em time que ganha não se mexe. Socorro!

Mônica Alvarenga disse...

Comentário do Roberto:
Obrigado por ter colocado meu depoimento no seu blog. Eu acho importante as pessoas tomarem conhecimento dessa cena que presenciei.
Concordo com você sobre o fato de que não adianta buscar, indiscriminadamente, os responsáveis pela violência e que é necessário que cada um faça sua parte.
Mas, já que esse é um processo longo, que passa pela questão da educação e das oportunidades de emprego, a gente pode começar se resguardando, tomando cuidados mínimos para não ser atingido pela violência.

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