terça-feira, setembro 01, 2009

Prazo de Validade

Ainda bem que acredito na eternidade do espírito, porque o corpo, ah, esse é finito e tem prazo de validade que nunca julgamos longo o suficiente. O enfarte do meu pai deu no que pensar... Pra ele e pra mim! Ele anunciou que vai jogar fora as quinquilharias que guarda há mais de 40 anos. Coisas do tipo agendas dos anos que se foram, artigos e revistas de anos mais anteriores ainda e por aí vamos numa lista sem fim! A afirmação dele me soou como o sinal dos tempos; mas soou bem! Afinal, livrar-se de excessos, sejam eles qual forem, é sempre bom!
Q
uanto a mim, renovei minha lista de ambições: a maior delas, agora, é ser mais tranquila e feliz. Mas também tem aquela ambição de só comer comida saudável (sem abrir mão da cerveja, claro!), de meditar diariamente, de sorrir mais... Vou parar por aqui porque não quero correr o risco de repetir as frases dos ppt de auto-ajuda; poderiam me cobrar direitos autorais (rs).
M
as o que mais tem me inquietado esta semana é notar a apresentação do prazo de validade de nossos corpos. Com 42 anos, tenho acompanhado – com alguma resistência – as evidências da passagem do tempo no meu corpo. Mas, ao longo desses dias, tenho observado muito o meu pai e constato o que a correria do dia-a-dia não me permitira constatar: o tempo dele está passando... E isso é totalmente natural! São 74 anos maravilhosos, que ainda se estenderão muitoooo, mas, como os anéis dos troncos das árvores, cada ano vai deixando uma pequena marquinha. Enquanto isso, seu espírito demonstra mais tranquilidade para lidar com situações que, anos atrás, pareciam inconcebíveis. Ainda bem que acredito...

(Antes que me perguntem: O meu pai colocou 3 stents e deve sair do hospital amanhã!)

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