domingo, setembro 27, 2009

Com ou sem sol? A minha escolha...

A mulher que se bronzeia ao sol foi tema da Marta Medeiros, hoje, em O Globo. Bom, eu falo por mim: peço licença e procuro manter minha cor, com filtro, o ano todo! Vou à praia no frio e no calor e, se consigo estar “morena” grande parte do ano, é porque escolho fazer parte de minhas atividades físicas (e sociais) ao ar livre: mais precisamente na areia da praia. Corro, caminho com amigos para colocar conversas em dia, bebo minha cerveja, estudo porque sempre há muito o que ler, acompanho meus filhos no surf quando o mar está bom e por aí sigo numa lista enorme, onde a praia faz parte do cenário.
Mas não foi sempre assim. Moro perto da praia há 12 anos e, nos primeiros dois anos, me senti um pouco culpada pelo meu bronzeado. Especialmente no inverno. Olhava para os homens de terno e para as mulheres de salto alto com que convivia durante a semana e me achava uma representante dos desocupados: uma pessoa que se dá ao luxo de passar os fins de semana à beira mar. Isso porque, na minha fantasia, as pessoas bem sucedidas deveriam sempre trabalhar mais do que o necessário, inclusive aos sábados e domingos. E eu, na época velejadora, estava sempre muito bronzeada com aquela aparência de quem não faz outra coisa senão ficar dourando ao sol.
Essa fantasia acabou! A vela também (pelo menos por enquanto)! Mas continuo bronzeada e não me permito mais ficar longe do mar. É lá que carrego e descarrego minhas energias e fico feliz quando o sol fura a barreira do filtro e me deixa um pouquinho mais queimada! É sinal de que a praia estava boa demais! Trabalho muito – e ás vezes fim de semana também – mas, quando posso, levo livros, papel e caneta, dispenso os amigos e fico ali, no sol, entre leituras e textos.
Mais do que exibir minha cor e meu modo de vida sem culpa, aprendi a respeitar as escolhas. Vejo com naturalidade a mulher que, feliz, tosta ao sol o dia inteiro (se usa filtro ou não, esse já não é um problema meu) e aquela que se afasta do sol pra manter a alvura da pele e evitar o envelhecimento precoce. São escolhas. Tão diferentes quanto as pessoas, que eu aprendi a respeitar para me sentir sempre no direito de exercer as minhas próprias escolhas. Sem culpas!

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