sábado, dezembro 19, 2009

Completos ou complexos?



Estava pensando, hoje, nas características de um novo e dadivoso acréscimo ao meu rol de relacionamentos. Detive-me no atributo de compartilhar que faz essa pessoa conduzir a vida de uma maneira bem diversa de mim, mais dada à introspecção e às atividades solitárias. Ao dividir ideias, processos de aquisição de conhecimento, experiências e até um blog, que para mim, até então, era uma atividade pessoal, me parece que ela possibilita trocas que enriquecem sua caminhada, em todos os níveis da vida.Cheguei a me perguntar se uma pessoa assim não estaria, por vezes, fugindo de si mesmo e das revelações que a experiência profunda de seu espaço interno poderiam trazer-lhe.
A resposta é: não importa. O importante, penso, é a coragem de se expor, num processo cheio de riscos. Através do partilhar e do encontro com o outro, com certeza, ela obtém imagens de si que a fazem se perceber de forma diferenciada e acessar lugares recônditos de seus ser. Não existe certo ou errado nessa seara. A forma que escolhemos para viver algumas de nossas experiências de vida é propiciada pelos fatos/oportunidades com que nos deparamos, sendo, portanto, a reação que nos é possível diante deles.
O que me encanta, nisso tudo, e a razão deste post, é a capacidade de complementaridade com que somos brindados quando aceitamos o outro em nossa vida sem restrições. De alguma forma, ela, mais afeita a partilhas e eu, ainda aprendiz nessa história de trocas, encontramo-nos pela vida. E, de repente, processam-se novas descobertas, aprendizados e experiências que complementam nossos “viveres”. Deve ser por isso que tenho amigas tão diferentes de mim, o que algumas pessoas insistem em recriminar: “como você pode ser amiga de fulana?”. Complementamo-nos e, assim, transformamo-nos em pessoas mais fortes e inteiras.
O resultado desses encontros é sempre uma surpresa, um risco. Nunca sabemos o que vai nos acontecer quando trilhamos um novo caminho, mas de uma coisa tenho certeza: nunca mais serei a mesma pessoa! A transformação, quando nos deixamos “atravessar” pelo outro, é inevitável e, muitas vezes, inesquecível! Isso faz sentido, também, pra você?

2 comentários:

Anônimo disse...

Adorei!
"Formiga quando quer se perder cria asas".
Bjs com carinho,
Li.

Patricia Canarim disse...

Sabe que já fui a fulana da pergunta! Adorei o texto, ainda bem que somos amigos de pessoas tão diversas, isso só nos ensina mais, viver em feudo nunca será bom.
bjs

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