domingo, junho 24, 2012

Eu aceito...

Sombra e luz, alegria e tristeza, recolhimento e expansão, morte e nascimento. Estamos em meio a polaridades, ou melhor: somos todos bi-polares. Temos em nós, os polos opostos de tudo o que há na vida. Ou será que alguém vive constantemente em expansão? A vida é cíclica e não há como evitar um ou outro momento de recolhimento. Mesmo sabendo disso, no entanto, ontem fiquei sem saber como lidar com a minha introspecção. Sábado a noite não é dia de recolhimento, repetia pra mim mesma! É dia de estar com amigos, beber, comemorar... Bom, não estava nessa “vibe” e chamei o momento de tristeza. Tão atazanada fiquei, que pouco consegui ler do meu livro maravilhoso. Também não consegui escrever! Fui dormir!
Não estava triste, agora sei! Não reconheci o simples fato de que a vida é feita de momentos, de que somos todos diferentes, de que se hoje você está de dieta pode ser que eu esteja com vontade de comer o mundo. Para cada pessoa que ri, com certeza há alguém que chora e que certamente sorrirá depois, quando outras pessoas estiverem chorando. E isso é maravilhoso e natural. A vida é movimento. Quem mandou eu esquecer disso? Se renego os momentos como o de ontem, choro e sofro desnecessariamente. Está certo que eu não queira me recolher o tempo todo, está certo também que aceitar um sentimento não é simplesmente acomodar-se a ele. Mas a aceitação traz a paz, reforça o amor próprio.
Ser alegre é saber acolher a tristeza, porque ela faz parte de mim! Há um mantra que alguns amigos repetem que é muito poderoso, que eu compartilho aqui: “Eu ilumino minhas sombras com amor e compaixão.” Isso não significa que eu vá exterminar as sombras ou que elas sejam indesejadas. Aprendi com um amigo fotógrafo que a sombra é tão importante para compor a foto quanto a luz: luz e sombra são matérias primas de sua arte, que jamais existiria sem uma ou outra. Mas esse mesmo amigo me diz: “Não dá pra explicar! As sombras devem ser aproveitadas!” Por isso parei de tentar entender! E mudo o meu mantra para “Eu aceito e amo cada um dos meus momentos com muita compaixão!”

2 comentários:

Amelinha disse...

Eu sei bem como é isso... É difícil se fazer entender que não estar disposta a acompanhar os outros não é tristeza... Bom domingo!

Mônica Alvarenga disse...

Obrigada, Amelinha! Às vezes, nós mesmos temos dificuldade de entender isso em nossos diferentes estados e ciclos. Grande abraço!

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