sábado, agosto 13, 2011

Compromisso com a felicidade

Há coisas na vida que são mágicas, se não a vida toda, cheia de probabilidades e surpresas. Uma delas, propiciada pela tecnologia, é a possibilidade de escrever, publicar e interagir com as pessoas que leem o que escrevemos, através da internet. O blog, pra mim, é uma dessas mágicas. Sabemos que um texto, depois de publicado, segue seu destino e ganha vida própria. E assim, um comentário que recebi esta semana de um texto publicado em 2009 sobre relacionamentos e expectativas, me colocou pra pensar num momento bem oportuno da minha vida.
Na oportunidade inequívoca de aprendizado que representam os relacionamentos, é quase impossível não se deparar com as expectativas. Uns mais, outros menos, poucos nunca. Em algum grau, nos pegamos esperando algo do outro que ele não pode dar. E, na maioria das vezes, esquecemos de dizê-lo, perdendo a chance de administrar nossos sentimentos e de aprofundar um relacionamento pelo diálogo.
Hoje, percebo em amigos de todas as idades e gostos, e até em mim mesma, o receio de lidar com o compromisso com o outro. Nas letras das músicas que meus filhos escutam, há muitas menções a relacionamentos baseados no prazer, no momento, na atração, e tudo isso está muito bem. Eles acham muito divertido e, não vou negar, eu também. Mas aí está uma grande armadilha para nós, seres humanos de todas as gerações.
Levados pelas frustrações que nós mesmos buscamos através das expectativas, especialmente daquelas não declaradas, e por modelos de relacionamentos calcados no controle e na posse, criou-se o “modelo” da aversão a compromissos. Então, poucos “têm” um namorado ou uma namorada, porque, de alguma forma, descobriram que isso não é coisa que se “tem” mesmo. Num relacionamento saudável e satisfatório não se tem registro de posse do outro. Por outro lado, poucos “são” namorados e namoradas, no melhor sentido que essa palavra pode ter: o de, segundo o Aurélio, “cortejar e inspirar amor”.
Relacionamentos não têm regra, e eu torço para que meus meninos entendam isso logo! Eu já travei meu compromisso comigo e com a minha felicidade. Sem modelos e, justamente por isso, avessa a um ou outro padrão. Caso contrário, na justa busca por uma vida mais plena, corro o sério risco de enfiar-me em outra prisão, aquela que, hoje, dita como os novos relacionamentos devem ser. Não posso negar que as músicas que meus filhos cantam grudam na cabeça e são ótimas, em algumas situações, para dançar. Mas elas não são meu modelo de vida, e espero que não sejam o deles também! Vou desviando dos padrões e buscando relações genuínas, em sintonia com a minha essência. Agradeço, e muito, ao Universo, cada oportunidade de aprendizado que as pessoas que cruzam meu caminho representam.

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