terça-feira, julho 19, 2011

“Just do it!”

Cansei de escutar isso de um amigo ao longo desses últimos dois anos. Eu dizia que entendia, afinal já havia percebido que a vida é feita de ações e que de nada valem pensamentos e emoções que não se realizam ou concretizam ou seja lá que verbo for. Achava que já estava tudo claro pra mim e que não precisaria mais escutar isso de ninguém. “Just do it!” Enganei-me! Por mais absurdo que possa parecer, só hoje começo a entender essa frase. Somente faça!
Porque demorei tanto a compreender algo aparentemente tão simples? Medo e culpa não justificam, mas talvez ajudem muita gente, eu inclusive, a explicar porque passos pequenos são tão difíceis. Cada vez que escutava do meu amigo a frase “Just do it!”, surgia uma voz dentro de mim que desejava gritar pra ele: “já estou indo, não está vendo?” Eu não sabia que isso era pouco.
Pra agir, fazer, realizar é preciso arriscar, deixando o medo de lado. É preciso planejar, sim, mas não a ponto de jamais tirar esse planejamento do papel. É preciso se perdoar pelos erros cometidos; se amar para erguer-se, não importa quão dura tenha sido a queda. É simples, é só fazer! Mas só hoje me dei conta de que ainda estava presa a muitas crenças que me impediam de seguir em frente. E a maior delas é a de que não nasci pra errar, de que os erros ridicularizam e enfraquecem. Ora, é justamente o oposto: quanto mais se erra, maiores as chances de acerto. As estatísticas comprovam.
“Just do it!”, então, requer mais do que talento e recursos: exige coragem de ir em frente com a certeza de que qualquer que seja o resultado ele será passageiro, afinal tudo na vida passa. Exige ação imediata, porque, em alguns casos, a razão atrapalha. Exige, também, simplicidade, porque, quando se encara a vida como se cada ato fosse muito difícil e custoso, “Just do it!” torna-se impossível. Há sempre um impedimento que normalmente não se consegue explicar. Um bom exercício é escrever o que nos impede de tomar determinada atitude. É comum, neste exercício, dar-se conta de que o empecilho é, na verdade, ilusão, e de que o único risco que corremos é mesmo o de errar. Simples assim!

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom!
Beijinhos,
Valéria Reis.

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