domingo, março 13, 2011

Como se fosse o último dia da minha vida...

Com amigos na terça-feira do carnaval de 2011
No café da manhã, diante das notícias do jornal, pergunto: “será que é verdade essa história de que o mundo se acaba em 2012?”. A resposta, mesmo num tom irritadiço, me fez sorrir: “e isso importa?” Realmente, não importa. Não há nada que se possa fazer diante das forças da natureza, do inevitável e do desconhecido. Mas há muito o que se pode fazer quando lembramos que nosso espaço de vida é o agora. Se estamos vivendo da melhor forma que podemos, não importa até quando viveremos. E isso vale para todas as áreas da vida. Quando era adolescente, achava que a frase “viva cada dia como se fosse o último de sua vida” fosse sinônimo de bagunça e zoeira. Hoje, já sei que viver o melhor que posso a cada dia inclui relevar o motorista que me xinga; TENTAR não perder a cabeça diante do atrevimento dos filhos adolescentes; desejar bom dia ao presidente da empresa com o mesmo amor com que desejo bom dia ao recepcionista; escutar quando quero ficar em silêncio; e falar quando tudo o que desejava era emudecer.
Sim, estou a cada dia mais convicta de que nascemos pra ser felizes. Embora muitos ainda digam e pensem o contrário, não consigo mais acreditar em frases como “a vida é uma luta”, “cada um com a sua cruz”, “ser mãe é padecer num paraíso”, entre outras tantas. Acredito que cada momento traz as suas lições e que o aprendizado não é sinônimo de sofrimento. Não sei se é porque sempre gostei de estudar, mas não vejo necessidade de tristeza em lições difíceis. Podemos substituir o sofrimento, por força, garra, determinação, otimismo e tantos outros sentimentos mais construtivos.
Hoje, no último bloco de carnaval que pude acompanhar, olhei pro céu e pensei em como podia ser simplesmente feliz. Estava ali, por escolha minha, com amigos, fazendo a parte que me cabia naquele momento: brincar, sorrir, curtir a vida. Encerrei um fim de semana de muita festa, quase um abuso para quem está com muito trabalho pra fazer, mas em cada programa pensava que estava festejando a vida. Amanhã trabalharei com afinco e dedicação com a mesma alegria. Terei reuniões difíceis, mas darei o melhor de mim; me sentirei em algum momento sozinha, mas ligarei pra algum amigo; sentirei um frio na barriga quando for iniciar um novo trabalho com um grupo de executivos, mas seguirei em frente. Estarei o tempo todo solidária com os que sofrem no Japão e em outros países, farei minhas orações, enviarei boas energias; mas viverei cada instante como se fosse o último da minha vida. A gente nunca sabe o que pode acontecer no próximo minuto.

Um comentário:

Li Balbinno disse...

Eu amei esse post!
Nossa! Como é difícil as pessoas aceitarem que ser feliz é muito melhor que ser um triste resignado!
A vida é para ser celebrada e você está realizando esta festa com maestria!

Sou solidária em suas dificuldades e também em sua alegria!

Essa é voce para a vida:
"E eu que andava nessa escuridão
De repente foi me acontecer
Me roubou o sono e a solidão
Me mostrou o que eu temia ver
Sem pedir licença nem perdão
Veio louca pra me enlouquecer
Vou dormir querendo despertar
Pra depois de novo conviver
Com essa luz que veio me habitar
Com esse fogo que me faz arder
Me dá medo e vem me encorajar
Fatalmente me fará sofrer
Ando escravo da alegria
E hoje em dia, minha gente, isso não é normal
Se o amor é fantasia
Eu me encontro ultimamente em pleno carnaval"
Beijos amiga queridíssima!

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