Sai pra lá cansaço: quero uma semana cheia de energia e feliz!
Tantas coisas pra
resolver de uma vez que, no balaio da vida – lugar onde filhos,
trabalho, afetos e
torneira quebrada se misturam -, cada item ganhou
um peso enorme. Andava tão cansada que decidi procurar um médico:
devia ser anemia ou alguma outra doença a me tirar as forças.
Precisava sair do lugar. Marquei a consulta com um clínico que me
fora indicado e, no dia marcado, lá estava eu cheia de esperanças
que um exame de sangue revelasse alguma fragilidade a ser
imediatamente resolvida com vitaminas. Não foi bem o que aconteceu.
O médico analisou os exames mais recentes e afirmou: “nenhum exame
que você fizer vai apresentar dados novos”. Receitou vitaminas,
mas alertou: “não deixe da fazer atividades físicas.”
Saí do consultório
desanimada. O que fazer com a exaustão? Onde arrumar tempo pra não
relaxar com a atividade física? E o que dizer dessa sensação de
que jamais darei conta de todos os itens da minha agenda? Sentada no
carro, me veio um pensamento, daqueles que mais parece uma voz –
ainda que inaudível: “Você não está doente. É tudo uma questão
de decidir”. Como decidir não me sentir exausta? A “voz”
respondeu: “Decidir o jeito de encarar as situações que aparecem
no seu dia.”
Eu sorri. Era simples,
mas sensato. Afinal, uma torneira quebrada é... Com qual das opções
abaixo você completaria a frase?:
( ) uma coisa rápida
de resolver.
( ) um problema a
mais na vida já tão corrida e atribulada.
( ) um transtorno
porque mão de obra para esse tipo de reparo é difícil e desonesta.
( ) uma dessas
situações chatas pelas quais mulher nenhuma deveria precisar
passar.
Eu confesso que estava
marcando todas as opções, menos a primeira. Não só para a
torneira, mas para todas as outras coisas que preciso resolver.
Vitaminas vão me fazer bem, mas a razão da exaustão era eu mesma,
atribuindo um peso extremo a cada coisa que me acontece. Nesse
contexto, um feijão queimado pode virar uma crise mundial.
Cheguei em casa,
revisei minha agenda, olhei cada item com muita gratidão. Não era
um olhar tolo, mas consciente, porque em cada “problema”
realmente havia uma dádiva. Amanhã, começo o dia tendo que levar
meu carro pra consertar, mas sinto-me grata porque pude usar hoje o
carro do meu filho e porque a garantia do meu ainda não acabou. Xô,
cansaço: escolho uma semana produtiva e com muita energia!
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