quarta-feira, janeiro 04, 2012

Eu te amo!

É o que digo para os meus filhos quando me despeço. Não sempre, claro, porque, às vezes, fico irritada e esse sentimento é mestre em fazer de conta que o amor não está mais lá. Por puro charme. Afinal, essa irritação vem, na maior parte das vezes, porque fui contrariada e não exatamente pela gravidade do que os meninos fizeram. Basta eu não saber lidar com as respostas, não aceitar as ações ou não ser atendida nos meus pedidos e pronto: vem o mal humor. Mãe devia saber lidar com essas coisas, mas nem sempre é assim que acontece. A gente aprende a ser mãe sendo e aprende a amar, amando. Parece que os dois aprendizados andam juntos, mas o fato é que adoro quando eles retribuem o beijo e dizem: “eu te amo”. Muda o meu dia!
Eu nasci amorosa, mas acho que essa não é uma qualidade exclusiva minha. Dizem que todos os seres humanos nascem assim, podendo (e quase sempre são) ser modificados pelo meio. Eu mesma passei por meus processos de endurecimento, mas o amor continua sendo minha energia preferida. É um curativo pra alma, gerador e regenerador e, com tudo isso, indefinível. E quem precisa definir o amor? Quando a gente sente essa energia ela se basta e a vida flui de outra forma. Duvida? Aproxime-se de um cachorro e direcione pra ele seus melhores sentimentos. O que acontece? Ele late, corre, chega mais perto, se joga no chão. Nem precisa afagar, embora ele deseje muito isso, e ele sentirá e demonstrará o quanto está feliz. Pra mim, isso é amor.
Não sei se há muitos tipos de amor, ou se o amor é uma energia só que direcionamos de forma diferente para cada pessoa que encontramos. No entanto, digo que amo, ou, pelo menos, tento amar. E sou mais feliz quando amo, assim do jeito que estou escrevendo agora, da forma mais generosa que eu consigo. Amo tanto que consigo sentir quem eu amo, mesmo sem ver. Não é assim com os filhos? E até com os animais? Sabemos o que pensam, o que sentem, mesmo que não falem. Por que não com todas as pessoas?
Homens e mulheres estão perdidos em meio a muitos equívocos com nome de amor, mas, certamente, muitos encontraram-se através desse sentimento. Não se explica, mas sabe-se que ele não limita, não condiciona, é o que é, não frustra porque não espera, deixa tão pleno porque soma, existe no silêncio porque não precisa de palavras, persiste quando vale a pena, distancia-se porque respeita a felicidade, acolhe o que não entende, não se extingue. Dizem que o amor atravessa os séculos; eu acredito, tão abundante que é. Amor mesmo, nunca é pouco! O oposto de tudo isso pode ser chamado de amor, também; mas, para mim, é outra coisa!

3 comentários:

Silvio Freire disse...

O amor atravessa nossas várias vidas e retorna com muitas antigas novas pessoas, alguns deles "companheiros de jornada", que reencontramos com o mesmo amor que tínhamos nas vidas anteriores.

Silvio Freire disse...

É importante que a gente se repita e sempre diga palavras de amor, pois muitas vezes nos distraímos e o momento se perde. Vamos abrir os olhos para isso.

Mônica Alvarenga disse...

Silvio, quanto tempo não nos encontramos por aqui! Vc tem toda razão: quantas vezes nos distraimos e deixamos de lado algumas das coisas mais importantes da vida! Grande abraço!

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