Todo mundo quer ser
feliz ou mais feliz. É um fato! Mas o surpreendente, pelo menos pra
mim, é perceber que essa cota (a mais) de felicidade está sempre ao
nosso alcance, apesar de, muitas vezes, parecer distante. Cada um tem
seus motivos – conscientes ou inconscientes – para não usufruir
de todas as coisas boas que lhe cabem, mas elas estão lá, esperando
apenas que estendamos a mão para alcançá-las.
Hoje tive uma das
muitas experiências que me fazem lembrar que nasci para ser feliz e
que todas as vezes que caminho em direção contrária a isso, é por
minha própria dificuldade de enxergar o óbvio e de viver
simplesmente o momento presente. Claro que há muitas coisas que me
fariam muito feliz, e que dependem de outras pessoas ou
circunstâncias que ainda não se fizeram presentes. São meus
desejos e sonhos. Mas há muito mais em cada momento da minha vida. E
esse preâmbulo todo é só pra contar que hoje liguei a sauna da
minha casa. Nada demais, não fosse ela estar sem uso há anos e o
local servir de depósito para umas tranqueiras que não servem pra
nada.
Eu adoro sauna, então
hoje pensei: “o que me impede de ligar esse aparelho e curtir?”
Saí para caminhar na
praia, aproveitando a trégua da chuva e o início de noite claro do
horário de verão, e voltei pra ver se o aparelho ainda funcionava.
Já tinha retirado as tranqueiras, então deixei aquecer um pouco e
fiquei aproveitando aquele calorzinho alternado com o banho gelado.
Fiquei tão feliz e me perguntei porque ainda não tinha tomado posse
daquele pedacinho maravilhoso da casa. Sim, porque o espaço que
habitamos, também precisa que o desejem, que o ocupem com a
disponibilidade de usufruir do que ele tem para oferecer. Cuidar,
usar, aproveitar e manter fazem parte dessa “relação” com tudo
o que nos cerca.
Não me permitia
aproveitar a sauna, não cuidava dela e também não usufruía do
bem-estar que ela poderia me proporcionar. Falta de tempo pra cuidar,
falta de tempo para usar, preguiça de ir pro quintal sozinha: o rol
de desculpas é longo e custei muito a me dar conta dele. Perceber
mais essa pequena autossabotagem, me faz arregalar os olhos para
atentar para outras que às vezes causam essa impressão terrível de
que a felicidade mora ao lado. A preguiça de caminhar na praia,
sempre tão disponível pra mim; o filme que deixo pra “ver depois”
até sair de cartaz; o almoço com os amigos que vai sendo adiado até
que o tempo apareça; a exposição que “deixo pra lá” porque
acontece longe de casa, e aqui já vou formando mentalmente uma lista
de “pequenas desistências”. Hoje, vou desfazendo essa lista a
medida em que se forma, porque desejo usufruir de cada uma das
possibilidades que o presente me oferece. A felicidade só pode
acontecer AGORA!
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