segunda-feira, agosto 12, 2013

Gratidão pela vida de um grande amigo

Uma das conversas de acampamento. Gratidão, Flávio!
Ontem, meu caçula fez 16 anos. Antes de apagar o bolo, recebemos a notícia da morte de Flávio
Gameleira. Meus pais entristeceram. Eu, também. “Quem é Flávio?”, perguntou o aniversariante. O irmão mais velho disse logo: “O médico que fez o parto da vovó quando ela teve a mamãe e o tio.” E eu completei: “E que auxiliou no seu nascimento e de seu segundo irmão”. E aí comecei a pensar no que este homem representava pra minha família. Eu o conheci como um amigo dos meus pais, ginecologista da minha mãe. Cresci e ele foi o meu primeiro ginecologista. Como médico, esteve presente em muitas (senão todas) situações difíceis da família. Mas ele também gostava de acampar, de viver, de conversar, de se divertir, de estar com os amigos e com a família. E assim, aproveitamos muito da sua companhia.
Entrei no Facebook. Um dos filhos tinha postado um comunicado e as mensagens não paravam de chegar. Comecei a sentir menos tristeza e uma profunda gratidão de ter convivido com esse homem. Como médico, viu metade dos moradores de Campo Grande (estimativa modesta?) chegarem a este mundo. Suas pacientes não confiavam em outro “doutor”. Como a minha mãe, havia muitas outras que retardaram sua aposentadoria. Como amigo, era igualmente carismático. Tanto que, recém-casada, vi meu marido rapidamente transformar-se em mais um de seus amigos. E foi seu jeitinho de conversar que fez com que eu tivesse meu primeiro trailer e voltasse a acampar, ainda que o marido não gostasse muito da vida de campista. Acho que ele gostava mais das conversas com Flávio do que do camping.

Ontem à noite fui relembrando os muitos momentos em que ele esteve ao nosso lado como profissional e amigo: firme, leal, sincero, cuidadoso, atencioso, divertido, bom de papo. Há muito pouco tempo, minha mãe, numa internação de emergência, pediu: “liga pra Flávio”. Ele não poderia fazer nada, até porque a área de especialidade era outra, mas ouvi-lo confortava e dava segurança. Difícil é dissociar Flávio de sua companheira Cilu, uma pessoa carinhosa, amiga, acolhedora e, pra mim, um grande exemplo de vida. É pra ela que, agora, desejo que o conforto e o amor que ele nos dispensou em vida retornem e pacifiquem seu coração sereno. E rezo pra que a tristeza de seus familiares possa ser abrandada pela beleza de ver tantas pessoas gratas por terem desfrutado e compartilhado da vida de Flávio Gameleira. Obrigada, Senhor!

segunda-feira, agosto 05, 2013

Tudo novo, de novo!

Há algumas semanas, os dias do lixo reciclável, aqui em casa, são movimentados! Sacos e sacos de
papéis e utensílios plásticos vão para o portão, resultados de uma limpeza que aos poucos acontece por aqui. Junto com ela, uma limpeza interna também vai acontecendo, abrindo tantos espaços que, não raro, acordo mais cedo com a sensação de que sou um pote vazio, pronto para ser preenchido pela vida, com tudo o que desconheço!
Hoje, segunda-feira, começo mais uma semana de vida! Não tenho ideia alguma do que acontecerá, de como me sentirei, mas sinto o frescor do novo até nos lençóis velhos. Honro e agradeço por cada dia que vivi, até hoje, e vou em frente, esta semana, vivendo em um campo de possibilidades que me parecem infinitas.

O recomeço é uma dádiva que nos é concedida pela vida a todo instante. Hoje, passo o dia tranquila, lembrando-me de que tudo que carrego comigo nessa jornada é de minha escolha e de que tudo que me pesa pode ser deixado ao longo do caminho a qualquer momento. Agradeço intensamente ao Universo generoso e desejo que eu, você, nossos pais e nossos filhos possamos perceber e usufruir das abundantes possibilidades com que a vida nos presenteia.
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