Na natureza, até as tiriricas falam... |
Definitivamente, os
acontecimentos na vida não são como imaginamos, mas, como creio que
há uma condução universal no fluxo da vida que atua ao lado do meu
livre arbítrio, penso que em tudo há um propósito e, certamente,
uma oportunidade de aprendizado e evolução. O preâmbulo é pra
dizer que apesar de saber disso tudo, ainda me entristeço, como
“criança birrenta”, esquecendo que confiar, aceitar e agradecer
são os melhores antídotos para qualquer dor. Nessa hora, distrair a
mente qual uma “criança birrenta”, evitando o foco no
indesejado, ajuda a recuperar o eixo. E foi assim que encontrei as
tiriricas do meu jardim.
Lembro que minha mãe
aproveitava os dias de chuva para limpar o gramado e como a fruta
nunca cai muito longe do pé, aqui estou eu às voltas com as
tiriricas e outros “matinhos”. Procurar a origem da plantinha,
arrancar pela raiz, sujar as unhas de terra, ajudar com a pá a
retirar a raiz profunda, observar as plantas ao redor, ver a grama
limpa, sentir as gotas da chuva da noite. Pronto: estou longe de
estar bonita, neste momento, mas estou mais inteira. A “criança
birrenta” acalmou-se. Por ora, estou apaziguada. O jardim está
mais limpo. E eu agradeço por ter descoberto, nas indesejáveis
tiriricas, uma forma de me reconectar. A vida é sempre mais simples
do que penso. O melhor está sempre próximo de mim. Através das
tiriricas, redescobri um pouco de mim mesma. Olho, agora, para as
borboletas...
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