Quero me desculpar.
Um dia desses, disse a você que estamos errando na arte de viver.
Mentira. Acertamos tanto que chegamos ao ponto de nos avaliarmos
profundamente, revendo nossos padrões
familiares, nossas escolhas afetivas e rumos
profissionais. Por isso (e só por isso!) nos questionamos e revemos
onde e como podemos fazer ainda melhor. Quando saímos do caminho da
acomodação, corremos riscos, experimentamos o novo e,
consequentemente, nos perdemos, como acontece nos novos caminhos.
Não
precisamos nos cobrar tanto. Precisamos, sim, estarmos advertidas de
que, se a novidade é o que nos leva à evolução, exige novos
aprendizados e o aprender é exatamente assim: dá-nos – muitas
vezes - a sensação de que jamais daremos conta de tanto “conteúdo”.
No entanto, a persistência faz com que esse sentimento seja
substituído, depois de algum tempo, pelo prazer de ter aprendido uma
nova lição. Lembra quando tivemos que inserir química e física em
nosso estoque de conhecimentos? Eu
me lembro bem desse momento! De um lado o orgulho e a alegria e de
estar diante da novidade que representavam as novas disciplinas, os
livros com assuntos dos quais jamais ouvira falar. De outro, as
dificuldades diante de assuntos tão complexos. Para entender
Química, tive que estudar horas e horas diariamente, sozinha.
Em outras áreas da vida, não é muito diferente! Escolhemos evoluir, aprender mais, aumentar nossa “grade
curricular” e, pronto, isso basta para que experimentemos novas
situações numa velocidade que parece além da nossa capacidade. Nos
colocamos em cheque com muita frequência e, por isso, ficamos assim:
quase perdidas diante de pequenas grandes decisões. Basta olharmos
um pouco pra trás para vermos que, depois que assimilamos o novo,
ficamos mais fortes e felizes. Hoje, eu peço a Deus: “Não me
deixe cair na tentação da acomodação e me dê ânimo para ser
tudo o que posso ser nesta vida”. Ah, preciso agradecer,
também, por ter sempre companhias como a sua para me apoiar nesta
jornada maravilhosa.
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