Foto de Renato Rocha Miranda (www.ilovemyjob.com.br/blog) |
Para tudo! Não vou escrever o post sobre as polaridades agora. Prefiro ficar com a pergunta do amigo. Por hora, ela me basta. Olhei pra foto com calma. Respirei fundo. Estávamos, eu e ele, falando de arte, de emoções, de sentimentos... Eu, tão emocional, pedia fatos! Vida estranha, a nossa! Basta descuidar um pouquinho e corremos de um extremo ao outro. Perdemos a oportunidade do equilíbrio. Justo eu, que vivo buscando os fatos, para contrabalançar a minha emoção tão farta e espontânea, via-me desgarrada dela, num momento em que ela poderia se deleitar sem culpas por seus exageros.
Corro ao outro pólo de mim. Agora, sou emoção, e assim sinto-me senhora de mim! Passeio sem economias pelas rugas daquele homem curtido pelo sol e pelo tempo. Viajo nas asas do pássaro tão livre que escolhe atender aos anseios daquele velho homem! E me emociono diante da constatação de que estou aqui, a discorrer sobre polaridades. Há tantas na foto, quanto na vida; em mim, quanto no outro. Aproveito – não é isso que devemos fazer? - essa gostosa onda de emoção. Desfruto da foto, que foi tirada em Paris, mas que poderia ter sido tirada em qualquer lugar do mundo sem que sua essência se alterasse para quem tem “olhos de ver” e de sentir. E, por favor, captem-me pelo que escrevo, mas não me peçam para explicar certas palavras, porque vou acabar indagando: “O que você sentiu?”
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